Principais condições que aumentam ou diminuem os níveis séricos de SHBG
- novembro 6, 2023
- Postado por: GinecoAcademy
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A globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG – sex hormone-binding globulin) é uma glicoproteína homodimérica com massa molecular de aproximadamente 90 kDa identificada pela primeira vez por Mercier et al. (1966). Trata-se de uma proteína codificada por um único gene no braço curto do cromossoma 17 que tem como principal função o transporte de hormônios esteróides.
A SHBG apresenta maior afinidade para os androgênios (especialmente a testosterona e dihidrotestosterona – DHT), e até 5x menos afinidade para os estrogênios, representando assim o principal veículo de transporte destes esteróides sexuais.
Embora as concentrações pré-púberes de SHBG sejam semelhantes em ambos os sexos, na população adulta, os níveis femininos são 2x maiores que os masculinos. Na senescência, no entanto, os níveis de SHBG masculinos tendem a aumentar 1,1% ao ano e os femininos tendem a diminuir.
A SHBG pode ser produzida localmente nos testículos, útero e cérebro; no entanto, a maior parte da SHBG circulante em humanos é de origem hepática.
Classicamente, a testosterona total refere-se à soma das concentrações de testosterona ligada e não ligada a proteínas em circulação, especialmente a SHBG (66% em mulheres) e a albumina sérica (33% em mulheres). A fração de testosterona circulante que não está ligada a qualquer proteína plasmática é chamada de fração de testosterona livre e o termo testosterona biodisponível refere-se à fração da testosterona circulante que não está ligada à SHBG e representa em grande parte a soma da testosterona livre mais a testosterona ligada à albumina. A postulada “hipótese do hormônio livre” afirma que hormônios “biodisponíveis”, ou seja, aqueles que têm efeito quando se liga ao seu receptor, é a fração não ligada ou “livre” do hormônio. No entanto, a bioatividade dos esteróides sexuais e os respectivos papéis de SHBG e albumina são mais complexos do que se acreditava inicialmente.
Aumentam
- Envelhecimento
- Doença infecciosa (HIV, Hepatite B e C)
- Hipertireoidismo
- Disfunção hepatocelular
- Cirrose biliar /alcóolica
- Estrogênio elevado (gravidez, doença hepática avançada, consumo de álcool)
- Medicamentos (tiazolidínicos, anticonvulsivantes, anticoncepcionais orais, moduladores seletivos dos receptores de estrogênio – SERMs)
- Polimorfismos da SHBG
- Hemocromatose
- Deficiência de GH
- Porfiria intermitente aguda
- Perda extrema de peso, anorexia nervosa
Diminuem
- Obesidade
- Diabetes tipo 2, hiperinsulinemia e resistência à insulina
- Síndrome metabólica
- Esteatose hepática não-alcóolica
- Hipotireoidismo
- Síndrome dos ovários policísticos
- Hiperprolactinemia
- Medicamentos (glicocorticoides, inibidores da tirosina quinase, androgênios)
- Hiperplasia adrenal congênita
- Hipercorticismo, síndrome de Cushing
- Altos níveis de interleucina-6 (IL-6) e TNF-α
- Polimorfismos da SHBG
- Acromegalia
- Síndrome nefrótica
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