Nos últimos anos, o conhecimento científico sobre a história natural da infecção pelo HPV, aliado ao desenvolvimento e validação de testes moleculares de alta sensibilidade e especificidade, permitiu uma mudança de paradigma nos programas de rastreamento. Diferentemente do modelo tradicional baseado no exame citopatológico, os testes de DNA-HPV oncogênico demonstraram superioridade na identificação de lesões…...
Sabemos que a vaginose citolítica é uma condição frequentemente subdiagnosticada na prática ginecológica, muitas vezes confundida com candidíase ou outras infecções vaginais devido à sobreposição de sintomas como prurido, ardência e corrimento branco grumoso. Embora sua prevalência estimada varie entre 5% e 7% das mulheres com queixas de corrimento vaginal, esse número pode ser maior,…...
A candidíase vulvovaginal (CVV) é uma das vulvovaginite com maior incidência durante a gestação — variando de 20% a 50% conforme o trimestre. Essa maior suscetibilidade está relacionada a alterações fisiológicas e imunológicas gestacionais e, embora considerada benigna, a CVV na gestação está associada a desfechos perinatais adversos, incluindo trabalho de parto prematuro, rotura prematura…...
A Candida, especialmente a C. albicans, é um fungo oportunista dimórfico pertencente à microbiota comensal humana, capaz de causar infecções mucocutâneas e sistêmicas, como a candidíase vulvovaginal. Uma de suas principais características biológicas é a plasticidade morfológica, ou seja, a capacidade de alternar entre diferentes formas: levedura, blastoconideo (blastoforo) hifa e pseudohifa. Essa transição morfogenética…...
A infecção por Chlamydia trachomatis permanece entre as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) mais comuns em escala global, representando um desafio relevante para a saúde pública em diferentes contextos. Um fator que contribui para sua ampla disseminação é o fato de que, na maioria dos casos, a infecção é assintomática, dificultando o diagnóstico oportuno e favorecendo…...
A profilaxia pós-exposição (PEP) consiste no uso de medicamentos para minimizar o risco de adquirir infecções após exposição de risco. No caso do HIV (vírus da imunodeficiência humana), a PEP está disponível no SUS desde 1999, com o objetivo de prevenir a infecção pelo vírus. É uma medida essencial e urgente, especialmente indicada após situações…...